1.4.15

Amnistia Internacional denuncia maior número de penas de morte em 2014

por Filomena Naves, in Diário de Notícias

Amnistia Internacional divulga hoje o seu relatório sobre a pena capital. Há menos execuções, mas mais sentenças proferidas.

Durante ano e meio, Meriam Yehya Ibrahim esteve encerrada numa prisão de Cartum, no Sudão, condenada à morte por professar a religião "errada". Mas a Amnistia Internacional (AI) juntou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo pedindo a sua libertação e a 23 de junho do ano passado a jovem de 27 anos foi libertada, Vive hoje nos Estados Unidos.

Para Meriam houve um final feliz, mas para 607 outras pessoas, que foram executadas em 2014, em 22 países, a vida acabou ali. Segundo a AI, existirão cerca de 20 mil pessoas no corredor da morte em todo o mundo e, só no ano passado, foram proferidas 2466 penas capitais em 55 países. É um aumento de 28% em relação a 2013, em que foram sentenciadas 1925 pessoas à pena capital.

Estes são dados do Relatório Anual da Pena de Morte 2014, que a Amnistia Internacional divulga hoje em todo o mundo, e que mostra que o abolicionismo ainda tem muito caminho para andar