21.8.20

Actividade económica e consumo atingem novos mínimos históricos em Julho

in Público on-line

Taxa de variação homóloga do indicador para a atividade económica foi negativa em 11,9%, agravando-se face aos -10,8% de Junho

Os indicadores coincidentes mensais para a actividade económica e para o consumo privado voltaram a cair em Julho, atingindo “novos mínimos históricos”, segundo dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).

“Em Julho, o indicador coincidente mensal para a actividade económica e o indicador coincidente mensal para o consumo privado voltaram a reduzir-se, atingindo novos mínimos históricos”, refere o banco central em comunicado.

No mês em análise, a taxa de variação homóloga do indicador para a actividade económica foi negativa em 11,9%, agravando-se face aos -10,8% de Junho, enquanto a variação homóloga do indicador para o consumo privado passou de -12% em Junho para -13,5% em Julho.

Considerando o trimestre terminado em Julho, a taxa de variação homóloga dos indicadores para a actividade económica e para o consumo privado foram negativas em 10,7% e 11,8%, respectivamente, agravando-se face aos -9,2% e -10,0% de Junho, pela mesma ordem.

Desde o início do ano, a taxa média de variação do indicador coincidente mensal para a actividade económica é de -7,5% (0,9% no período homólogo de 2019), enquanto a do indicador coincidente mensal para o consumo privado é de -7,6% (2,2% em 2019).

Os indicadores coincidentes são indicadores compósitos que procuram captar a evolução subjacente da variação homóloga do respectivo agregado macroeconómico, pelo que não reflectem em cada momento a taxa de variação homóloga do respectivo agregado de Contas Nacionais.

Ressalvando que a incorporação de nova informação pode reflectir-se mensalmente na revisão dos valores passados dos indicadores coincidentes, o BdP alerta que, “na actual conjuntura, face às variações bruscas e significativas nas séries usadas no cálculo dos indicadores coincidentes, é expectável que se verifiquem revisões mensais nestes indicadores superiores às habituais”.