in Diário de Notícias
O economista e conselheiro de Estado António Bagão Félix considerou hoje que o país está numa situação limite mas o primeiro-ministro insiste em assumir o papel de "padeira de Aljubarrota".
Questionado pela Lusa sobre a decisão da banca nacional de cortar o crédito ao Estado, noticiada pelo Jornal de Negócios, Bagão Félix assumiu que esta posição significa que o país está "numa situação limite".
O economista afirmou que os últimos leilões foram concertados, em parte através do sistema bancário nacional, que tem adotado uma "atitude correta" para com o Estado e o Governo, ajudando o país.
"Os bancos, por sua vez, também estão com grandes dificuldades, estão a ter um grande financiamento do Banco Central Europeu, creio que - segundo os últimos números - no total de 40 mil milhões de euros e portanto estamos numa situação limite", sustentou.
O Jornal de Negócios noticia hoje que os líderes dos principais bancos portugueses se reuniram na segunda-feira no Banco de Portugal e decidiram não emprestar mais dinheiro ao Estado, instando o Governo a pedir a Bruxelas um apoio intercalar de 15 mil milhões de euros.
Num texto assinado pelos director e directora-adjunta do jornal, o Negócios adianta que os bancos não vão comprar mais dívida pública portuguesa nos próximos meses e que os 15 mil milhões de euros que defendem deverem ser pedidos de imediato servirão "só para chegar ao verão".