in Jornal de Notícias
O secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional rejeitou, terça-feira, a possibilidade de a situação económica do país poder colocar em causa o pagamento de prestações sociais como o subsídio de desemprego.
"Não, essa questão não se coloca", disse Valter Lemos, em Leiria, salientando que "neste momento não há nenhum problema com a execução orçamental" que "está a decorrer como previsto, aliás até um pouco melhor que o previsto".
O governante apontou os dados da execução orçamental relativos ao primeiro trimestre, hoje divulgados pelo Ministério das Finanças, que indicam que, de acordo com a "informação preliminar de Março", a despesa total do Estado terá caído 3,6 por cento nos primeiros três meses do ano, face ao mesmo período de 2010.
Valter Lemos sublinhou que estes dados significam que a execução orçamental está a processar-se "com total rigor e como deve ser e não há nenhum tipo de risco".
Questionado se já possui indicadores sobre a taxa de desemprego em Março, o secretário de Estado explicou que os "números provisórios" que lhe foram transmitidos "estão positivos", mantendo-se a tendência anterior.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu em Fevereiro um por cento em termos homólogos e 0,3 por cento face ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) a 17 de Março.
"Os vários indicadores, quer nacionais quer internacionais do desemprego, têm mostrado estabilidade desde há cinco meses sensivelmente para cá", esclareceu Valter Lemos.
O governante anotou que no caso dos dados do IEFP "até houve um pouco uma descida em Janeiro e Fevereiro", revelando-se convicto de que "essa descida continuará em Março".
Valter Lemos admitiu também que Março ainda não é um mês em que se possam tirar "muitas conclusões" sobre o impacto da crise política no desemprego.
Valter Lemos esteve na NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria onde conversou com empresários que integram as acções de formação no âmbito da Iniciativa Formação Para Empresários, que, em todo o país, abrange cinco mil pessoas.