in Diário de Notícias
João Proença, secretário-geral da UGT, referiu no final da reunião que "o projecto é duro", mas lembrou que há "margem para negociação"
O sindicalista referiu no final da reunião mantida com a 'Troika' que "não foi abordada a questão do salário mínimo nem o 13.º mês". "Falámos sobretudo de questões relacionadas com o subsídio de desemprego, a reforma do mercado de trabalho e a redução do défice", disse João Proença, reforçando, contudo, que não vê necessidade de revisão o código de trabalho porque "este já é suficientemente flexível".
Para o secretário-geral da UGT, neste momento "é fundamental que o País se apresente unido nestas negociações". "É um projecto duro, que exige um calendário apertado. Mas acho que há sempre margem para negociação. é fundamental apresentarmo-nos de cara unida e não dividida", reforçou.
João Proença lembrou ainda que "cabe ao Governo conduzir as negociações". E justificou a presença da UGT nestas reuniões pelo facto de tanto o Ministério das Finanças como o banco de Portugal terem uma visão pouco social. "A nossa presença teve mais a ver com isso, viemos expressar as nossas preocupações sociais".
Os responsáveis da 'troika' do Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional, entretanto, deverão apresentar as propostas para o memorando de entendimento com Portugal até final da próxima semana, indicou o secretário-geral da UGT.
"Neste momento estão sobretudo a ouvir, a fazer questões e a procurar elaborar propostas. Eu diria que há intenção de abordar muitas questões com certeza. O que nos foi apresentado foi um calendário apertado, que até ao final da próxima semana eles apresentarão propostas tendo em vista a levar uma proposta final ao conselho do Ecofin a realizar em meados de Maio", afirmou.