Luís Reis Pires, in Económico
O novo ministro da Segurança Social defendeu hoje ser “preciso libertar o Estado de pagar no futuro pensões elevadas”.
Na primeira intervenção enquanto ministro no Parlamento, Pedro Mota Soares argumentou que, em matéria de Segurança Social, as prioridades são "tratar do urgente e preparar o essencial". E para o ministro o "urgente é criar rapidamente e pôr no terreno o programa de emergência social" e o "essencial é garantir, no futuro, a sustentabilidade da Segurança Social".
E neste último campo Mota Soares sublinhou ser "preciso libertar o Estado de pagar no futuro pensões extraordinariamente elevadas porque isso já não é protecção social, é gestão de fortunas".
Quanto às questões sociais, o ministro defendeu cinco prioridades: acorrer a situações de fome aproveitando os equipamentos sociais já instalados, nomeadamente as cantinas; assegurar o acesso dos idosos mais carenciados a medicamentos, recorrendo a "parcerias de resposta social entre farmácias e autarquias"; responder à pobreza mais extrema das famílias através do aumento das pensões mínimas, sociais e rurais, e com majoração do subsídio de desemprego para famílias com filhos; aumentar a capacidade de instituições sociais como creches e lares; e por último tratar do problema da fraca empregabilidade dos portugueses em idade mais avançada.