em Notícias ao Minuto
O concelho de Guimarães dispõe de um espaço de alojamento para pessoas sem-abrigo, no âmbito das medidas de combate à propagação da Covid-19, anunciou hoje o município.
Em comunicado, o município acrescenta que o espaço funciona no edifício da Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos com Incapacidades de Guimarães (CERCIGUI).
Há agora espaços para dormitório, refeições, lazer e higiene pessoal, com balneários masculinos e femininos.
O funcionamento do espaço é articulado com técnicos da Ação Social e Proteção Civil do Município de Guimarães e o apoio da Cruz Vermelha de Guimarães na área do voluntariado, englobando ainda a associação Sol do Ave.
Citado no comunicado, o presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, sublinhou a "estreita cooperação" com as instituições do concelho no desenvolvimento das várias ações e iniciativas no combate à propagação da covid-19.
"Todos contam e ninguém fica de fora. Estamos a desenvolver um trabalho rigoroso e extenso, sobretudo na área social, a fim de garantirmos múltiplas respostas para as situações de crise que temos de encontrar solução", referiu o autarca.
Domingos Bragança enfatizou o alojamento para os sem-abrigo, para "garantir a retaguarda necessária a cidadãos que não têm onde ficar", evitando assim que estejam na rua.
Nos casos referenciados, todas as pessoas efetuam o rastreio da Covid-19, depois de devidamente sinalizados, com o apoio de técnicos da ação social e delegados de saúde.
A par deste alojamento, o município destaca ainda a criação de uma rede de apoio aos idosos e pessoas mais vulneráveis, apoio de psicólogos e rede de voluntários.
Está ainda a ser ultimado o espaço de alojamento "com as condições exigidas" para o isolamento social, a denominada quarentena.
Este espaço será utilizado pelos cidadãos que não têm possibilidade de o fazer em condições apropriadas nas suas habitações ou por aqueles que, por motivos económicos, vivem em condições de carência.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 33 mortes, mais 10 do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.
Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
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