Liliana Coelho, in Expresso
Correios admitem maior fluxo de idosos no início do mês para levantamento das reformas. Deslocações deste grupo de risco às lojas dos CTT aumentam o risco de contágio
Esta é a imagem da enorme fila, constituída sobretudo por idosos, à porta da lojas dos CTT, em Santo Amaro de Oeiras, esta quarta-feira de manhã. Um cenário que se repete um pouco por todo o país. Apesar de serem o grupo de maior risco da Covid-19, muitos idosos continuam a deslocar-se aos correios para receber vales, pagar faturas de água, luz, telefone e para carregamento de telemóveis, confirma ao Expresso fonte oficial dos CTT.
Neste momento, as lojas estão a fazer o atendimento à porta fechada, de forma a minimizar a permanência de clientes no interior e para garantir o distanciamento entre pessoas, com vista à redução do risco de contágio. "Apenas poderão permanecer na loja os clientes que estão a ser atendidos. A fila de espera é efetuada à porta da loja, garantindo que os clientes em espera o façam num local arejado e que mantenham a distância mínima sugerida, é por isso natural nesta fase que a fila no exterior das lojas seja maior do que o habitual", afirma a mesma fonte.
Além disso, os funcionários têm disponíveis máscaras, luvas e gel desinfetante no atendimento aos clientes e foi também colocada uma fita para sinalizar no chão a distância de segurança entre o colaborador e o cliente, assim como um acrílico protetor no balcão, em linha com as recomendações da DGS
Sendo os maiores de 70 recomendados a permanecer em casa e havendo um "dever especial de proteção" sobre esta parte da população previsto no decreto do Estado de Emergência, os CTT admitem no entanto que uma das exceções será a deslocação às suas lojas para o levantamento das reformas. Mas a empresa lembra que têm também disponível o serviço de pagamento de vales ao domicílio que pode ser solicitado por qualquer cliente junto do carteiro. "Os CTT vão continuar a trabalhar, em segurança e seguindo as recomendações da DGS, para que os portugueses não tenham de sair de casa e para que as empresas possam vender online, apoiando a sustentabilidade da economia", acrescenta.
Esta sexta-feira, o PSD apelou ao Governo para adotar medidas preventivas tendo em conta as deslocações frequentes de idosos às estações dos correios, sobretudo no início do mês e nas zonas rurais. “Permitir-se que pessoas fragilizadas quer pela idade quer pela doença (e até financeiramente) se desloquem às Estações dos CTT para aí permanecerem junto de outras durante horas a fio sem qualquer controle das normas de afastamento social claramente potencia uma espiral de perigo de contaminação”, afirma o PSD em comunicado.
Uma das propostas dos sociais-democratas passa pelas juntas de freguesia e as autarquias prepararem equipas em articulação com funcionários dos CTT para acompanharem os idosos nestas deslocações, evitando maiores riscos.
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Fecha em: 18s
Correios admitem maior fluxo de idosos no início do mês para levantamento das reformas. Deslocações deste grupo de risco às lojas dos CTT aumentam o risco de contágio
LILIANA COELHO
Esta é a imagem da enorme fila, constituída sobretudo por idosos, à porta da lojas dos CTT, em Santo Amaro de Oeiras, esta quarta-feira de manhã. Um cenário que se repete um pouco por todo o país. Apesar de serem o grupo de maior risco da Covid-19, muitos idosos continuam a deslocar-se aos correios para receber vales, pagar faturas de água, luz, telefone e para carregamento de telemóveis, confirma ao Expresso fonte oficial dos CTT.
Neste momento, as lojas estão a fazer o atendimento à porta fechada, de forma a minimizar a permanência de clientes no interior e para garantir o distanciamento entre pessoas, com vista à redução do risco de contágio. "Apenas poderão permanecer na loja os clientes que estão a ser atendidos. A fila de espera é efetuada à porta da loja, garantindo que os clientes em espera o façam num local arejado e que mantenham a distância mínima sugerida, é por isso natural nesta fase que a fila no exterior das lojas seja maior do que o habitual", afirma a mesma fonte.
Além disso, os funcionários têm disponíveis máscaras, luvas e gel desinfetante no atendimento aos clientes e foi também colocada uma fita para sinalizar no chão a distância de segurança entre o colaborador e o cliente, assim como um acrílico protetor no balcão, em linha com as recomendações da DGS
Sendo os maiores de 70 recomendados a permanecer em casa e havendo um "dever especial de proteção" sobre esta parte da população previsto no decreto do Estado de Emergência, os CTT admitem no entanto que uma das exceções será a deslocação às suas lojas para o levantamento das reformas. Mas a empresa lembra que têm também disponível o serviço de pagamento de vales ao domicílio que pode ser solicitado por qualquer cliente junto do carteiro. "Os CTT vão continuar a trabalhar, em segurança e seguindo as recomendações da DGS, para que os portugueses não tenham de sair de casa e para que as empresas possam vender online, apoiando a sustentabilidade da economia", acrescenta.
Esta sexta-feira, o PSD apelou ao Governo para adotar medidas preventivas tendo em conta as deslocações frequentes de idosos às estações dos correios, sobretudo no início do mês e nas zonas rurais. “Permitir-se que pessoas fragilizadas quer pela idade quer pela doença (e até financeiramente) se desloquem às Estações dos CTT para aí permanecerem junto de outras durante horas a fio sem qualquer controle das normas de afastamento social claramente potencia uma espiral de perigo de contaminação”, afirma o PSD em comunicado.
Uma das propostas dos sociais-democratas passa pelas juntas de freguesia e as autarquias prepararem equipas em articulação com funcionários dos CTT para acompanharem os idosos nestas deslocações, evitando maiores riscos.