in Jornal de Notícias
A crise económica e o aumento das despesas afectaram o exercício orçamental da Santa Sé em 2010, admitiu, esta quinta-feira, o Vaticano que, no balanço provisório consolidado do ano, disse, com fé, que se "começam a ver sinais de recuperação".
"O quadro que emerge dos balanços [da Santa Sé] é que, apesar da presença de sinais claros de recuperação, sente-se ainda a incerteza do sistema económico global e do aumento dos custos de gestão", disse o Vaticano, num comunicado em que não apresentou números.
A Santa Sé, a sede da Igreja Católica, inclui os departamentos do governo da igreja que compõem a Cúria Romana (os dicastérios), bem como as embaixadas da igreja em todo o mundo (as nunciaturas).
A Santa Sé tem soberania sobre o Estado da Cidade do Vaticano, o Estado mais pequeno do mundo, com apenas dois quilómetros quadrados, onde trabalham 1891 pessoas.
As últimas contas que se conhecem da Santa Sé são relativas a 2009, e foram apresentadas em Junho do ano passado, dando conta de perdas de 4,1 milhões de euros, enquanto o Estado do Vaticano teve um défice de 7,8 milhões de euros.
Nos discatérios e nas outras instituições da Santa Sé trabalham 2762 pessoas, das quais 1652 são laicas.