28.2.11

Afinal, também há que aprender para ser voluntário

Carolina Duarte e Letícia Amorim, in RR

Pista Mágica é o nome da única escola de voluntariado no país. Porque é preciso mais do que “ter um coração grande e boa vontade”.

Sónia Fernandes acredita que “se não há amor, se não há paixão no voluntariado, não há vocação”. É voluntária a tempo inteiro. Começou com 14 anos de idade, através dos escuteiros.

Estudou Antropologia. Em 1999, foi convidada para integrar a equipa de voluntários que estava a surgir, os Médicos do Mundo, para dois anos depois assumir o voluntariado como profissão, tendo fundado a delegação Norte da mesma ONG.

Sónia acredita que há, no nosso país, a ideia de que “ter um coração grande e boa vontade”é suficiente para ser-se voluntário. Uma tese que contradita, afirmando que é necessário o compromisso e que há que estabelecer regras.

“É preciso fazer bom voluntariado, ter acções de impacto, que criam a mudança e que realmente resolvem problemas”, diz.

Foi esta ideia que guiou a criação da única Escola de Voluntariado do país. A Pista Mágica tem o objectivo, diz Sónia Fernandes, a fundadora, de “dar pistas para as organizações actuarem com competência, através do voluntário, o seu recurso humano não remunerado”.

A Pista Mágica promove, no Porto e em Lisboa, cursos de iniciação ao voluntariado, voluntariado internacional, gestão de voluntariado e de como fazer um projecto de âmbito nacional ou local.