in Jornal de Notícias
O director-geral da Saúde manifestou-se preocupado com a comercialização livre das chamadas drogas legais, admitindo que o perigo para a saúde pode justificar a sua suspensão.
"Claramente que estas questões me preocupam", disse à agência Lusa Francisco George, a propósito da comercialização em Portugal da mefedrona, já proibida em vários países europeus após casos de morte e problemas de saúde graves.
Para o director-geral da Saúde, "à luz do princípio da precaução, a comercialização deste tipo de substâncias poderá ser eventualmente suspensa", caso se confirmem os perigos para a saúde dos consumidores.
Esta substância é vendida nas chamadas 'smart shops' como adubos ou fertilizantes, mas consumida por jovens para efeitos recreativos.
Até agora, a sua venda é legal, mas a autoridade que regula o sector do medicamento em Portugal (Infarmed) defende a sua proibição, recomendando a sua inclusão na lista das substâncias ilícitas.
Este procedimento surge na sequência de uma recomendação dos organismos europeus para todos os Estados-membros.
Em declarações à Lusa, o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, explicou que a partir do momento em que seja proibida, quem a vende incorre no crime de tráfico de substâncias ilícitas.