Hugo Neutel, in TSF
A expectativa dos portugueses em relação à economia está nos 23 %, o que representa uma queda face a Fevereiro, segundo dados revelados no barómetro da Marktest para a TSF e DE.
De acordo com os dados do barómetro Marktest para a TSF e DE, a expectativa dos portugueses em relação à economia voltou a cair desde o mês passado, estando nos 23 %, ou seja, três pontos abaixo do valor registado em Fevereiro.
Este valor interrompeu a tendência de recuperação lenta desde o mínimo histórico de Outubro, quando era de pouco mais de 14 %.
Quando questionados sobre as expectativas da situação económica pessoal para os próximos 12 meses, quase 60 % dos inquiridos dizem que vão estar pior e apenas 12 % acreditam numa melhoria.
Os pessimistas têm maioria absoluta em todas as regiões do país, variando entre os 50 % no Grande Porto e os 63,5 % no Interior Norte.
Por outro lado, as mulheres são mais desconfiadas do que os homens, com 62 % de pessimismo contra 54 %, respectivamente.
A classe média baixa é a que concentra o maior número de pessoas que olham para o futuro com desconfiança, sendo perto de 60%.
Quanto à situação económica do país daqui por um ano, a sondagem cujo universo é a população de Portugal Continental com mais de 18 anos residente em habitação com telefone fixo, mostra que o pessimismo domina o espírito de 65 % dos inquiridos.
Até no eleitorado do PS o tempo não é para optimismo, com 56% dos votantes socialistas a acreditarem que, durante os próximos 12 meses, Portugal vai continuar à «rasca». No PSD, são 62 %. Os optimistas de um e outro partido variam entre os 14 % «rosa» e os 15 % «laranja».
Esta sondagem foi feita antes da queda do Governo e tem o objectivo de conhecer as expectativas dos inquiridos sobre a evolução económica. Em Março, no dia 18 e entre 21 e 23 foram feitas 805 entrevistas, das quais 161 foram na Grande Lisboa, 89 no Grande Porto, 131 no Litoral Centro, 154 no Litoral Norte, 178 no Interior Norte e 92 no Sul.
A taxa de resposta foi de 20,3 por cento, enquanto o intervalo de confiança de 95 % e a margem de erro de 3,45 %.