in Jornal de Notícias
A CGTP e a UGT reúnem-se, esta terça-feira, com os representantes do FMI, BCE e União Europeia, no Ministério das Finanças, a quem pretendem apresentar questões relacionadas com o pedido de ajuda externa e a situação económica do país.
A CGTP vai apresentar à 'troika' que está em Lisboa a preparar as negociações sobre o plano de resgate propostas alternativas para a crise porque considera que "o país não está condenado ao desastre".
A UGT vai pedir que seja cumprido o acordo para a competitividade e o emprego que foi celebrado em Março na concertação social. "Vamos também referir que é preciso reduzir o défice mas com sensibilidade social e políticas viradas para o emprego, sob pena de a crise se agravar e aumentar o desemprego", disse o secretário-geral da UGT, João Proença, à Agência Lusa.
As reuniões entre as confederações patronais e a 'troika' (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) foram adiadas para quarta-feira, devido ao atraso nas reuniões com os partidos políticos na segunda-feira.
Após uma semana de análise da situação financeira e económica do país, as delegações das entidades financiadoras começaram com as reuniões de política tendo em vista a elaboração do acordo com as autoridades portuguesa.
O documento, que terá ainda de passar pelo crivo do Ecofin, Eurogrupo e do Fundo Monetário Internacional irá conter os compromissos que Portugal terá de assumir, para cada três meses, e que uma vez cumpridos permitirão após cada análise trimestral receber a respectiva tranche do empréstimo que pediu às instituições internacionais.