Por Rafaela Freitas, in Público on-line
Em Portugal há mais idosos a viver com os parceiros do que sozinhos ou com familiares. Os dados são do relatório divulgado hoje pelo Eurostat, que reporta as condições de coabitação das crianças e idosos dos países da União Europeia (UE).
Portugal é dos únicos países da UE em que é mais comum para as mulheres com idade igual ou superior a 65 anos viver com os parceiros. Na maioria dos restantes Estados-membros, o que mais se verifica são casos de mulheres que vivem sozinhas, que se traduzem em 41% da população idosa feminina. É portanto a tendência nos países da UE os homens viverem com a parceira e as mulheres sozinhas, cenário que se modifica no caso português. Nesta análise, diz o relatório, deve ter sida em conta a esperança de vida dos dois géneros, que é mais alta no caso das mulheres e que as torna mais susceptíveis a viver sós.
Apenas 12% dos homens acima dos 65 vive sozinho em Portugal, enquanto que na UE o número ascende para 20%. No caso das mulheres, 31% das portuguesas vive sozinha, número significativamente inferior à percentagem média dos países da UE (41%).
Relativamente às condições em que vivem as crianças europeias, três em quatro vive com pais casados. Em Portugal a proporção é idêntica e apenas 12% vive com um só pai. Por outro lado, em comparação com a UE, há mais crianças portuguesas a viver sem pais. De acordo com o relatório, 2,1% das crianças em Portugal com menos de 18 anos não vivem com nenhum adulto que possa ser considerado pai. A média dos países da União Europeia é de 1,2%.