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O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, admitiu hoje, em Brasília, que 2012 deverá ser o ano "mais difícil" dentro do plano de ajustamentos que o país está a implementar.
"O próximo ano será porventura o ano mais difícil do ajustamento que vamos realizar, mas vale a pena fazê-lo porque é nossa bilhete para sair da crise", afirmou à Lusa o primeiro-ministro, após encontro com o presidente do Congresso brasileiro, José Sarney.
Questionado sobre o adiamento da discussão e votação da proposta de Orçamento do Estado para 2012, o primeiro-ministro minimizou o atraso.
"O importante é que dentro dos prazos, que estavam acertados pelo próprio Parlamento, pudéssemos chegar até ao final do mês de novembro com o orçamento aprovado. Isso é um bom sinal para fora de Portugal e também para os portugueses, de que entraremos o ano com um orçamento [aprovado]", declarou.
A conferência de líderes parlamentares decidiu hoje adiar por uma semana, para os dias 10 e 11 de novembro, a discussão e votação na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2012.
A discussão e votação da proposta de Orçamento do Estado para 2012, que estavam marcadas para 03 e 04 de novembro, foram adiadas devido a dúvidas de legalidade e constitucionalidade sobre a possibilidade de se proceder formalmente à abertura da discussão orçamental sem que o Governo tenha apresentado as Grandes Opções do Plano.
Sobre a proposta orçamental do Governo, Pedro Passos Coelho admitiu ainda tratar-se de um orçamento "difícil" e "muito exigente".
"[A proposta de Orçamento para 2012] é um orçamento difícil, muito exigente, mas que é também um princípio da saída dessa crise", reforçou.
Passos Coelho participou hoje, em Brasília, num almoço oferecido pelo ex-presidente brasileiro e atual presidente do Congresso e do Senado, José Sarney.
O primeiro-ministro viaja hoje ainda para São Paulo, de onde parte para Assunção, no Paraguai, para participar da XXI Cimeira Ibero-Americana.