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Eugénio da Fonseca diz que sociedade civil não consegue ajudar mais Cáritas defende que Governo deve renegociar acordo com a “troika”, "pois as pessoas devem estar acima das medidas de austeridade".
O presidente da Cáritas alerta para as consequências dos cortes que o Governo está a fazer nas medidas de protecção social. Eugénio da Fonseca está preocupado com os números do Ministério da Segurança Social, que referem que apenas 44% dos desempregados recebem subsídio, e diz que a sociedade civil está a perder margem de manobra na ajuda aos mais carenciados.
“Não sei como é que vamos conseguir, se continuarmos por este caminho, a fazer com que as pessoas consigam ter acesso a bens essenciais para poderem viver com o mínimo de condições”, sublinha o presidente da Cáritas.
Eugénio da Fonseca critica o facto de o Estado continuar “a cortar nestas medidas de protecção social” e de não as “substituir por outras que visem minorar a agressividade da pobreza em que as pessoas se encontram”.
O presidente da Cáritas sublinha que a “sociedade civil que, até agora, tem vindo a ser a tal almofada social, não poderá continuar a sê-lo por muito mais tempo para todos os que procuram ajuda”.
Eugénio da Fonseca defende que o Governo deve renegociar o acordo com a “troika”, lembrando que "as pessoas devem estar acima das medidas de austeridade".