in Agência Ecclesia
D. Manuel Clemente sublinha dificuldades sentidas por pessoas e empresas, mas aponta para futuro «sempre possível»
O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, deixou uma palavra de “esperança” aos portugueses, neste Natal, apesar de se viver um tempo que “não é mesmo nada fácil” para “muitas pessoas, muitas famílias e muitas empresas”.
“A esperança é possível pela razão absoluta de que já está entre nós”, sublinha.
Numa videomensagem, enviada à Agência ECCLESIA, o prelado lembra “quem não tem trabalho” ou “vê muito minguados os seus recursos”, bem como quem “se interroga mais duramente sobre o seu próprio futuro”.
“A presença de Deus no meio de nós, na nossa própria humanidade como ela acontece, como ela se sonha e como ela se sofre em cada momento da história é toda a certeza que como cristãos podemos ter para nós e partilhar com quem a quiser receber”, assinala.
O bispo do Porto afirma que a mensagem cristã sobre o Natal ganha “atualidade renovada” nas circunstâncias atuais de Portugal e do mundo.
“Neste Jesus nós temos uma resposta de Deus, precisamente como companhia, e nesta resposta nós encontramos um futuro sempre possível, até além das nossas próprias previsões, além dos nossos próprios temores, é preciso é que o recebamos”, afirma.
D. Manuel Clemente convida a “aceitar esta oferta”, como fez a Virgem Maria, um “Deus que se faz menino para responder a todas as dificuldades presentes com a sua companhia”, oferecendo “coragem e esperança”.
“Devemos ajudar a crescer este Cristo permanente no mundo, através da nossa presença, do nosso cuidado, quer em relação às gerações mais novas, quer em relação às gerações mais idosas”, observa.
O vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa diz que o nascimento de Jesus é uma manifestação do “amor” de Deus que se faz homem “no menino de Belém”, um acontecimento com dois mil anos que traz uma mensagem “de agora” e “para sempre”
“Esta é a mensagem do Natal de sempre e nas presentes circunstâncias: Deus está connosco, aceitemo-lo o com o coração de Maria, ajudemos a crescer esta presença de Cristo no mundo, como agora continua, com todo o cuidado de São José”, conclui.
OC