19.12.11

Países prometem 375 milhões de dólares para fundo de emergência em 2012

Destak/Lusa, in Destak.pt

Mais de 45 países, entre ricos e pobres, prometeram doar 375 milhões de dólares em 2012 (287 milhões de euros) para um fundo das Nações Unidas destinado a oferecer resposta imediata a crises humanas em todo o mundo.

Segundo o Gabinete para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, a verba prometida representa um aumento de 16 milhões de dólares (12,2 milhões de euros) face a 2011.

O Fundo Central de Resposta a Emergências (CERF) “superou as expetativas”, realçou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na sexta-feira na conferência de doadores.

Do CERF já saíram “mais de dois mil milhões de dólares americanos [1,5 mil milhões de euros] para assistência – o que o torna numa das maiores fontes de financiamento de ajuda humanitária no mundo, de acordo com o responsável.

Dois terços dos 193 países membros das Nações Unidas têm dado o seu contributo para o fundo, o que demonstra que é “amplamente aceite”, apontou Ban Ki-moon.

A Dinamarca constitui um dos principais doadores, tendo anunciado que irá duplicar o seu contributo para o fundo da ONU para cerca de 18 milhões de dólares (13,7 milhões de euros).

Na conferência de doadores de sexta-feira, Afeganistão, Austrália, Brasil, Estónia, Alemanha, Indonésia, Noruega, Suécia, Coreia do Sul e Reino Unido também subiram a fasquia das promessas, enquanto que o Uruguai e o Níger fizeram chegar as suas intenções de prestar apoio financeiro pela primeira vez, elevando o total de doadores de 2012 para 46.

Nos últimos seis anos, um total de 126 estados membros e países observadores, bem como cerca de 30 entidades públicas e privadas, contribuíram para o fundo da ONU, com os donativos a superarem os 2,8 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros).

O CERF foi alvo de reformas na sequência de uma Assembleia-geral da ONU, em dezembro de 2005, com uma resolução a estabelecer 500 milhões de dólares (383,1 milhões de euros) como meta anual do fundo.

As mexidas foram introduzidas depois de os líderes mundiais terem decidido que a verba deveria estar disponível anualmente para que a ONU pudesse oferecer ajuda, de forma diligente, às vítimas de crises, às pessoas atingidas por conflitos ou afetadas por desastres naturais, entre outros, em vez de esperar pelos doadores para poder agir em resposta a apelos.