In Impulso Positivo
Nasceu da vontade de dignificar a vida, de cidadãos para cidadãos, de quem tem para quem foge sem nada e muitas vezes já sem ninguém. A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), já apresentada em Lisboa e no Porto, foi fundada há uma semana por 30 organizações - às quais já se juntaram desde então mais 19 - e das quais podemos destacar, por exemplo, a Cáritas, a Cais, a Amnistia Internacional, a UNICEF, o Serviço Jesuíta aos Refugiados, a CNIS, a Comunidade Islâmica de Lisboa ou o GRACE.
Neste momento é através do site www.refugiados.pt , que a plataforma não só fornece muitas informação sobre a Crise dos Refugiados, como dá a conhecer dois projetos concretos de apoio, aos quais qualquer um se pode juntar como voluntário. Para além disso, aqui é possível obter uma resposta para as mais variadas questões que têm surgido nos últimos dias sobre uma nova realidade e um novo panorama mundial.
A Plataforma destaca essencialmente a ajuda através de dois projetos muito concretos: PAR - Famílias, vocacionado para o Acolhimento de Famílias e o PAR Linha da Frente de apoio nos países de origem.
O PAR Famílias “é um projeto de acolhimento e integração de crianças refugiadas e suas famílias em Portugal, em contexto comunitário, disperso pelo país, com o envolvimento de instituições locais (IPSS, Autarquias, Associações, Instituições Religiosas, Escolas,…) que assumam essa responsabilidade face a uma família concreta”. A ideia é que comunidades de todo o país se organizem “à volta” de uma instituição anfitriã - uma IPSS, ONG, Escola, Câmara Municipal, Junta de Freguesia, Empresa - para que juntos possam assegurar o alojamento autónomo de uma família, apoio ao acesso à educação, apoio ao acesso a emprego, acesso a cuidados de saúde, garantir alimentação e vestuário, e a aprendizagem de português, por um período de dois anos.
Por sua vez, o PAR Linha da Frente irá consistir numa “campanha de recolha de fundos, a lançar dia 1 de Outubro, com o apoio dos media, para o trabalho da Cáritas e do JRS no Médio Oriente - particularmente Síria, Líbano e Jordânia-, no apoio a refugiados e deslocados internos”.
Numa semana, a PAR conta já com mais de 3.700 voluntários que todos os dias se disponibilizam para ajudar nas mais diversas tarefas, em todos os pontos do país. Mas nunca serão de mais. Mais de 62 instituições abriram os braços para acolher estas famílias.
Perguntas como “Porque é que os países muçulmanos não recebem refugiados? “Porquê ajudar refugiados estrangeiros quando temos tanta pobreza em Portugal?”, “A Europa cristã está a ser invadida pelo Islão”, ou a indignação pelo facto dos refugiado utilizarem smartphones, são também desmistificadas neste site. A PAR prontifica-se mesmo a responder a questões e dúvidas que possam surgir e que podem ser submetidas através de um formulário eletrónico disponível no site.
Procurar informação fidedigna e aprofundada sobre a situação, possíveis consequências e medidas que possam estar a ser pensadas e elaboradas para as ultrapassar, independentemente da posição que se tome é neste momento crucial. O mundo está a mudar. “Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar”. Comece por visitar o site www.refugiados.pt.