Teresa Almeida, in RR
Deslocação da organização portuguesa tem três objectivos, entre os quais perceber razões da lentidão do processo de distribuição dos refugiados e procurar vias de apoio.
A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR) decidiu ir até a uma das mais importantes portas de entrada dos migrantes na Europa, para perceber que dificuldades existem no programa de recolocação dos refugiados e “saber em que medida pode haver uma contribuição para que possa funcionar melhor”.
Rui Marques admite, em declarações à Renascença, que são ainda muito poucos os refugiados que já chegaram ao país de destino. “Como sabemos, dos 170 mil que deveriam estar a ser recolocados, só ainda foram 470 e para Portugal só foram 24 pessoas”, esclarece o responsável da PAR.
Outro dos objectivos desta deslocação tem a ver com o apoio como “o que fizemos para o Líbano”. A ideia da Plataforma é constituir para a Grécia uma linha de ajuda “para apoiar muitas ONG que estão aqui no terreno e que podem vir a ter apoio idêntico ao que foi dado ao Líbano”.
Segundo Rui Marques, a Grécia é um dos países da Europa que está há muito sujeito a uma grande pressão por causa da crise dos refugiados, “estando nesta altura em contexto de inverno ainda chegam às ilhas gregas cerca de três a quatro mil refugiados por dia, e isso quer dizer que a Grécia precisa de apoio e que tipo de apoio é o que estamos a avaliar, se financeira, se de voluntariado ou de bens”.
A terceira dimensão desta visita, “também muito importante no contexto político em que vivemos é a manifestação de solidariedades aos gregos, sobretudo a um povo e às suas instituições”. Povo que tem sido chamado segundo Rui Marques “a um esforço enorme e que o tem feito de uma forma muito generosa”.
A viagem à Grécia termina na sexta-feira.