in Jornal de Notícias
Inquérito diz que mais de um terço dos inquiridos foram vítimas de crime
Mais de metade dos inquiridos num barómetro dizem que a insegurança piorou e que ainda vai piorar. Para 49% somos mesmo um país pouco seguro. Mais de um terço confessou já ter sido vítima de um crime, mas só 65,5% denunciaram o facto às autoridades.
Segundo o "Barómetro segurança, protecção de dados e privacidade em Portugal", que hoje é divulgado, os portugueses andam pessimistas e não antecipam grandes melhorias no futuro próximo.
Questionados sobre como evoluiu a segurança em Portugal no último ano, 55,5% consideram que piorou, 26,9% acham que piorou bastante e apenas 15,5% pensam que melhorou. Refira-se que as mesmas tendências de resposta manifestam-se também para a Europa e para o resto do Mundo. Apesar do pessimismo, regista-se alguma melhoria em relação às respostas de 2008, quando mais de 60% afirmaram que a situação de segurança tinha piorado.
Todavia, o futuro não parece animador, já que 53,6% dos inquiridos responderam que a situação vai piorar e 12,1% responderam mesmo que vai "piorar bastante". Só 27,5% disseram que vai melhorar.
Os resultados do inquérito indicam, também, que 49% dos portugueses acham que vivem num país "pouco seguro", contra 40,7% que acham que Portugal é "seguro". Quanto ao local, a rua é de longe o local onde mais inquiridos (47,4%) se sentem inseguros, seguindo-se os transportes públicos (13,6%), os parques de estacionamento (11,7%) e os bancos e caixas Multibanco (9,7%).
Relativamente às cidades, Faro é apontada como a localidade menos segura (64,3%), seguida da Grande Lisboa (50,8%), Viseu (49%) e o Grande Porto (41,9%).
Denúncia às autoridades
Apesar dos sentimentos de insegurança, apenas 36% dos inquiridos admitiram terem sido vítimas de um crime. Destes, 65,5% denunciaram o ocorrido às autoridades.
O "Barómetro segurança, proteção de dados e privacidade em Portugal", que será divulgado hoje, em Lisboa, foi feito por uma empresa de consultoria para a empresa de equipamentos de segurança ADT Fire & Security. Para chegar àquelas conclusões foram interrogadas 800 pessoas nos meses de Novembro e Dezembro do ano passado.