2.3.10

Maioria dos portugueses crê que insegurança piorou

in Jornal de Notícias

Inquérito diz que mais de um terço dos inquiridos foram vítimas de crime


Mais de metade dos inquiridos num barómetro dizem que a insegurança piorou e que ainda vai piorar. Para 49% somos mesmo um país pouco seguro. Mais de um terço confessou já ter sido vítima de um crime, mas só 65,5% denunciaram o facto às autoridades.

Segundo o "Barómetro segurança, protecção de dados e privacidade em Portugal", que hoje é divulgado, os portugueses andam pessimistas e não antecipam grandes melhorias no futuro próximo.

Questionados sobre como evoluiu a segurança em Portugal no último ano, 55,5% consideram que piorou, 26,9% acham que piorou bastante e apenas 15,5% pensam que melhorou. Refira-se que as mesmas tendências de resposta manifestam-se também para a Europa e para o resto do Mundo. Apesar do pessimismo, regista-se alguma melhoria em relação às respostas de 2008, quando mais de 60% afirmaram que a situação de segurança tinha piorado.

Todavia, o futuro não parece animador, já que 53,6% dos inquiridos responderam que a situação vai piorar e 12,1% responderam mesmo que vai "piorar bastante". Só 27,5% disseram que vai melhorar.

Os resultados do inquérito indicam, também, que 49% dos portugueses acham que vivem num país "pouco seguro", contra 40,7% que acham que Portugal é "seguro". Quanto ao local, a rua é de longe o local onde mais inquiridos (47,4%) se sentem inseguros, seguindo-se os transportes públicos (13,6%), os parques de estacionamento (11,7%) e os bancos e caixas Multibanco (9,7%).

Relativamente às cidades, Faro é apontada como a localidade menos segura (64,3%), seguida da Grande Lisboa (50,8%), Viseu (49%) e o Grande Porto (41,9%).

Denúncia às autoridades

Apesar dos sentimentos de insegurança, apenas 36% dos inquiridos admitiram terem sido vítimas de um crime. Destes, 65,5% denunciaram o ocorrido às autoridades.

O "Barómetro segurança, proteção de dados e privacidade em Portugal", que será divulgado hoje, em Lisboa, foi feito por uma empresa de consultoria para a empresa de equipamentos de segurança ADT Fire & Security. Para chegar àquelas conclusões foram interrogadas 800 pessoas nos meses de Novembro e Dezembro do ano passado.