in Jornal de Notícias
O Portal do Bullying, criado há um ano, recebeu um total de 43.125 visitas e a equipa de psicólogos que trabalha nesta plataforma deu cerca de 700 respostas às várias situações apresentadas.
“O nosso site é visitado por adolescentes, adultos, alunos, pais, professores e comunidade em geral”, disse a psicóloga que dirige o portal, Tânia Paias.
O portal possibilita a troca de e-mail, conversação online em tempo real e a troca de impressões e experiências num espaço de fórum.
De acordo com a psicóloga, os adolescentes pretendem “esclarecimentos sobre a problemática bullying/convivência escolar” para saberem se estão efectivamente a ser vítimas ou se o que estão a observar se pode classificar como bullying. “Perguntam-nos sobre as diligências a tomar”, contou a psicóloga.
Quanto aos pais, acrescentou, manifestam interesse em saber mais sobre o fenómeno para poderem ajudar os filhos e denunciar as situações. O portal teve 659.403 visualizações de páginas e recebeu centenas de pedidos por correio electrónico. “Temo-nos também deparado com muitos pais que utilizam o site como ferramenta de prevenção, navegando pelas diferentes páginas que oferecemos e esclarecendo todas as dúvidas aos filhos”, constatou Tânia Paias.
O grupo de psicólogos tem vindo a ser solicitado para seminários, palestras e conferências, de Norte a Sul do país.
A psicóloga defende a importância da prevenção e de trabalhar o problema numa perspectiva de educação, para a cidadania e para a convivência: “Não basta falar de bullying, há que intervir e essa intervenção tem de se realizar no espaço escolar, em iniciativas ajustadas a cada ambiente educativo”. No endereço www.portalbullying.com.pt há também espaço para abordagens feitas a partir do Brasil e dos Estados Unidos da América.
Bullying traduz-se por actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo ou grupo de indivíduos incapazes de se defender.