Texto E. Assunção, Foto Lusa, in Fátima Missionária
Em tempo de graves dificuldades económicas, a Comissão Europeia reduz drasticamente o apoio no combate à pobreza. Bancos alimentares pressionam ministros europeus da agricultura na véspera da reunião em Estrasburgo
“A decisão da Comissão Europeia de cortar o orçamento do Programa Europeu de Ajuda Alimentar, de 500 para 113 milhões de euros, chega como um grande choque”, anunciou Aude Alston, secretário-geral da Federação Europeia dos Bancos Alimentares (FEBA). “É um golpe duro que atinge igualmente as estruturas caritativas, como os bancos alimentares da FEBA”.
Intervindo numa conferência, em Roma, na véspera da reunião dos ministros europeus da agricultura, que terá lugar em Estrasburgo, a 28 de Junho, Aude Alston, explicou que as estatísticas europeias mostram que “43 milhões de pessoas estão em risco de pobreza, o que significa que não se podem permitir de ter uma refeição adequada de dois em dois dias”.
O secretário-geral da FEBA apelou para a urgência de intervenção: “O alimento está na base da vida e é um direito fundamental. As ajudas alimentares não podem depender de quantidades que variam de ano para ano”. Mário Cattania, do Departamento de políticas agrícolas sustentou: “Seria gravíssimo se viesse a faltar uma forma de apoio tão importante num momento de graves dificuldades nos Estados europeus”.