in Agência Ecclesia
Valência abriu portas na paróquia de Nossa Senhora da Conceição, concedendo refeições gratuitas aos que «não tiverem recursos»
A paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na diocese de Setúbal, inaugurou esta quarta-feira um “restaurante social”, para responder a “muitas situações de pobreza e fome” na região, a partir de uma ementa baseada em caridade responsável.
“Acolher com dignidade, educar para a responsabilidade individual e promover a inclusão social serão três objetivos essenciais da iniciativa”, de acordo com o pároco Constantino Alves, em declarações publicadas pelo site oficial da diocese.
“Todos poderão utilizar este restaurante, serão bem acolhidos e servidos com respeito e, à exceção dos que não tiverem quaisquer recursos, todos pagarão um preço que poderá ser inferior ao custo da refeição”, adiantou ainda o sacerdote, durante a cerimónia de abertura.
Antes da inauguração, em declarações à Agência ECCLESIA, este responsável adiantou uma tabela de preços, a partir da análise aos recursos financeiros de diversas famílias carenciadas na região, “a variar entre os 10 cêntimos e 1 euro por refeição”.
O projeto, situado nas instalações da igreja local, nasceu para responder aos problemas económicos que têm afetado o país, mas “pretende cortar com o conceito instalado de esmola ao pobre”.
As refeições, fornecidas por uma empresa especializada, vão ser distribuídas todos os dias, entre as 19h00 e as 20h30, por cerca de 60 funcionários, em regime de voluntariado.
Para além da comunidade católica e da Caritas diocesana, este “restaurante social” conta com o envolvimento da autarquia de Setúbal e da Segurança Social.
No futuro, os planos passam também por conseguir apoios junto de mecenas e das diversas empresas sediadas na região.
Há quase três anos, a paróquia abriu um serviço de distribuição de excedentes dos restaurantes, direcionado sobretudo para os sem-abrigo, através de uma parceria entre a Caritas local e o Projeto Casa.
A paróquia de Nossa Senhora da Conceição quer ainda fazer deste projeto um ponto de partida para outro tipo de intervenções junto dos mais desfavorecidos.
Em aberto estão ações de sensibilização em áreas como “a gestão do orçamento familiar, os hábitos de higiene, a saúde e prevenção de doenças e a alteração de modos de vida”.
JCP