16.9.11

Custos laborais por hora caem 0,8% em Portugal no ano terminado em Junho

in Jornal de Notícias

Os custos do trabalho por hora caíram 0,8% em Portugal nos 12 meses terminados no final de Junho deste ano, especialmente influenciado por uma queda nas remunerações dos trabalhadores, que caíram 1%, indicou o Eurostat.

De acordo com os dados divulgados hoje pelo gabinete de estatísticas das comunidades europeias, nos 27 países que compõem a União Europeia apenas três registaram quedas no custo nominal do trabalho por hora no final do segundo trimestre, e foram os países actualmente sob programas de assistência financeira de Bruxelas e do Fundo Monetário Internacional: Portugal, Grécia e Irlanda.

A Grécia foi a que maior queda apresentou, 3,7%, seguido da Irlanda, com uma queda de 3,5% e finalmente Portugal 0,8%.

No caso de Portugal, a queda dos custos totais foi de 0,8% (este valor inclui custos com salários e outros sem ser salários, retirando subsídios, não incluindo os custos de formação ou de recrutamento, ou despesas em vestuário).

A maior queda nas componentes foi a das remunerações (remunerações diretas, bónus, e extras, pagamentos dos empregadores para esquemas de pensões e outro tipo de pagamentos), que apresenta uma queda de 1%, enquanto os outros custos (contribuições sociais dos empregadores, mais impostos quantificados como custo de trabalho mas retirando subsídios com a intenção de reembolsar empregadores de parte ou todo o custo directo da remuneração).

Por sector de actividade em Portugal, a construção é a única que apresenta um aumento total nos custos, 3,6%, enquanto estes custos caíram 1,4% no sector dos serviços e 1% na indústria.

Na grande maioria dos Estados membros os custos apresentaram subidas ainda consideráveis, com a Suécia a apresentar a menor subida, nos 1,5%, e a Bulgária no extremo contrário, com um crescimento de 12,4%.

Em Espanha e Itália, mais recentes economias europeias no centro das tensões dos mercados financeiros, os custos totais de trabalho subiram 2,6 e 3%, respectivamente.

A média da União Europeia neste período fixou-se em 3,6% e na Zona Euro 3,6%.