in TSF
As diferenças, relativas ao ensino secundário, não são significativas nos exames nacionais, mas podem criar desigualdades no acesso ao ensino superior.
A diferença entre as notas dadas nas escolas privadas e públicas reduziu-se um pouco nos últimos dois anos, mas ainda há diferenças, que beneficiam os alunos do privado, segundo um estudo publicado no site da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência.
A jornalista Sara de Melo Rocha explica as conclusões do estudo
A diferença média foi de 0,67 valores em 2016, valor que contrasta com os 0,94 valores registados entre 2011 e 2014.
Nem todas as escolas privadas inflacionam as notas, mas é um desalinhamento persistente, diz o relatório, o que pode ser preocupante devido à equidade entre alunos no concurso nacional de acesso ao ensino superior, já que todas as décimas contam nos cursos mais concorridos.
O estudo incidiu também na diferença de disciplinas e mostra que os alunos de Humanidades têm em média classificações internas mais baixas do que os colegas de Ciências e Tecnologias.
Já no que diz respeito à zona geográfico do país, os alunos do concelho de Lisboa têm em média notas internas mais baixas do que os estudantes do Porto, com um desvio de 1,31 valores. O estudo justifica esta diferença pela dinâmica competitiva local no Porto entre estabelecimentos de ensino vizinho para evitar a perda de alunos.