in Diário de Notícias
Mais de 230 milhões de menores vivem em zonas de guerra e, apesar de não haver dados exatos, calcula-se que cerca de 250 mil crianças tenham de ser soldados em 17 países, recordaram ontem várias organizações não-governamentais (ONG).
O alerta foi dado por várias ONG para assinalar o Dia Internacional contra a Utilização de Menores Soldados e, para denunciar esta violação dos direitos humanos, realizaram-se várias ações, incluindo a VI Marcha Solidária 'Corre por uma causa, corre pela educação', organizada pela ONG Entreculturas, na Casa de Campo de Madrid.
Os fundos angariados com a iniciativa vão ser canalizados para a educação de 945 crianças do Sudão do Sul e para a formação de 50 professores da localidade de Maban, onde atualmente vivem 135 mil refugiados sudaneses e 15 mil deslocados internos que fugiram dos conflitos do Sudão e do Sudão do Sul.
De acordo com as Nações Unidas, mais de três milhões de pessoas viram-se forçadas a fugir das suas casas no Sudão do Sul. Além disso, 1,8 milhões de pessoas estão deslocadas no interior do país e 1,4 milhões de pessoas estão refugiadas em países vizinhos.
Também a Entreculturas e o Serviço Jesuíta a Refugiados anunciaram em comunicado que vão juntar-se à Rede Mundial da Oração do Papa para a causa das crianças soldado.
Estas ONG trabalham para promover a educação entre os menores da República Centro-Africana, do Sudão do Sul e da Colômbia para que as crianças recuperem a sua vida normal para que "voltem ao lugar onde deviam estar: na escola".