Texto F.P.,in Agência Ecclesia
Organização Mãos Unidas lança campanha de sensibilização para o desperdício alimentar e para a luta contra a fome, um flagelo que afeta 800 milhões de pessoas em todo o mundo
«O mundo não necessita de mais comida. Necessita de gente comprometida». Esta é a frase chave da nova campanha da organização Mãos Unidas, que apela a um compromisso para lutar contra o flagelo da fome e combater os «dados vergonhosos» que dão conta da existência de 800 milhões de pessoas que não têm o que comer.
Segundo Clara Pardo, presidente da organização, «uma altíssima percentagem da população mundial – uma em cada nove pessoas – sofre de fome», o que exige «vozes, denuncias, ações e mudanças de atitude e de estilos de vida». «Esta terrível realidade afeta 800 milhões de pessoas e condiciona as suas vidas presentes e futuras, quando um terço dos alimentos que se produzem acaba no lixo», sublinha.
Com esta campanha, a Mãos Unidas pretende também conseguir que «o Direito Humano à Alimentação, reconhecido e admitido como fundamental por grande parte da comunidade internacional e lamentavelmente ignorado pela maioria, deixe de ser uma ilusão para tantas pessoas».
«A fome não é nem uma fatalidade, nem um fruto do destino; a fome é a consequência inaceitável de um mundo organizado de forma a que os interesses económicos prevaleçam sobre os interesses das pessoas», acrescenta Clara Pardo, denunciando «a total indiferença» do mundo perante este flagelo.