in Dinheiro Vivo
Portugal aparece no mesmo intervalo de risco político de países como Espanha, Itália, Croácia, Hungria, Roménia e Bulgária, entre outros.
De acordo com o mapa de risco – que conjuga indicadores políticos, económicos e operacionais – divulgado hoje pela Marsh, Portugal reúne 68,5 pontos numa escala que vai até 100, em que a pontuação mais baixa representa risco elevado e a mais alta risco reduzido. Portugal aparece no mesmo intervalo de países como Espanha, Itália, Croácia, Hungria, Roménia, Bulgária e Peru, Uruguai, Arábia Saudita, Índia e China fora da Europa. Em comunicado, a multinacional especializada em corretagem de seguros e consultoria de risco afirma que o mapa revela que a pontuação de risco de Portugal “pode deteriorar-se ainda mais, caso haja sinais emergentes de desentendimento entre os três partidos que constituem o Governo”. Além disso, indica que o principal risco é o de que a “ideologia económica populista continue a entrar em conflito com a realidade de que o alto endividamento do país e que a adesão da zona euro limitam a flexibilidade política do Governo”.
“Também o aumento da despesa resultaria num alargamento do défice orçamental de Portugal, prejudicando assim a confiança dos investidores na capacidade do país em pagar a sua dívida, resultando num novo aumento dos seus custos com empréstimos”, esclarece a seguradora. O Mapa de Risco 2017, baseado em dados da BMI Research, fonte independente de análise de risco político, macroeconómico, financeiro e setorial, referentes a mais de 200 países e territórios. A Marsh refere o aparecimento de partidos antissistema, que colocam as suas nações em primeiro lugar na Europa, a queda dos preços dos bens, os riscos de sucessão de liderança no país, o crescente protecionismo, o terrorismo e as incertezas em economias emergentes estão a contribuir para aumentar o risco político e económico a nível global.