Sónia M Lourenço e Carlos Esteves, in Expresso
O Produto Interno Bruto (PIB) português avançou 2,5% em termos homólogos nos primeiros três meses deste ano, o terceiro melhor registo entre os países da União Europeia (UE) para os quais já há dados disponíveis, segundo o Eurostat. Já o crescimento em cadeia, de 1,6%, foi o mais alto da UE
O crescimento da economia portuguesa no primeiro trimestre deste ano surpreendeu pela positiva, superou a média da zona euro e da União Europeia (UE), e foi mesmo um dos mais elevados entre os países da UE para os quais já há dados disponíveis. Os números publicados esta sexta-feira pelo Eurostat mostram que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) português foi a terceira maior em termos homólogos, sendo mesmo a mais elevada em cadeia, ou seja, na comparação com os três meses anteriores.
Olhemos para os números. Nos primeiros três meses de 2023, o PIB português avançou 2,5% em termos homólogos, ou seja, por comparação com o mesmo período do ano passado, indica a estimativa rápida publicada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e, também, pelo Eurostat.
Este valor é quase o dobro do crescimento homólogo de 1,3% estimado pelo Eurostat tanto para a zona euro como para o conjunto da UE.
A expansão do PIB português no primeiro trimestre deste ano, em termos homólogos, é a terceira maior entre os países da UE para os quais já há dados disponíveis.
À frente de Portugal ficam apenas a vizinha Espanha (3,8%) e a Irlanda (2,6%).
Nota ainda para a Alemanha, que, segundo o Eurostat, ficou no vermelho. Os dados publicados esta sexta-feira pela autoridade estatística da UE indicam que a maior economia europeia caiu 0,1% em termos homólogos nos primeiros três meses de 2023.
CRESCIMENTO EM CADEIA DA ECONOMIA PORTUGUESA FOI O MAIS ALTO DA UE
Numa análise em cadeia, ou seja, por comparação com o trimestre anterior, o desempenho da economia portuguesa nos primeiros três meses deste ano, fica ainda melhor colocado na UE.
O PIB português avançou 1,6%, o que compara com 0,3% no conjunto da UE, e apenas 0,1% na zona euro.
O crescimento em cadeia português foi mesmo o mais elevado entre os países para os quais já há dados disponíveis, segundo o Eurostat.
No extremo oposto ficaram Irlanda e Áustria, com contrações de 2,7% e de 0,3%, respetivamente.