Rita Robalo Rosa, in Expresso
Os juros no crédito à habitação em Portugal subiram para 2,829% em março. A prestação média subiu para 331 euros e o capital médio em dívida subiu para 62.699 euros
A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação em Portugal subiu para 2,829% em março, uma subida de quase 30 pontos-base face a fevereiro (2,532%), e assim atingiu o valor mais elevado desde junho de 2009, segundo mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quarta-feira. Desde abril do ano passado que esta taxa sobe todos os meses.
Se olharmos apenas para os contratos celebrados nos últimos três meses o aumento é ligeiramente menos expressivo. Neste caso, a taxa de juro subiu de 3,409% em fevereiro para 3,507% em março, indica ainda o gabinete estatístico.
A taxa de juro média inclui, além da aquisição de habitação, os juros para construção e reabilitação. Assim, se analisarmos apenas o financiamento de aquisição de habitação, “o mais relevante no conjunto do crédito à habitação”, segundo o INE, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 2,823% (mais 29,5 pontos base). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses para aquisição, a taxa de juro subiu para 3,501% (mais 10,5 pontos).
A prestação média subiu para 331 euros, mais nove euros que em fevereiro. Do total da prestação, 148 euros (45%) correspondem a pagamento de juros e 183 euros (55%) a capital amortizado.
Nos contratos celebrados no primeiro trimestre, o valor médio da prestação subiu para 576 euros (mais sete euros).
O INE indica ainda que, no mês em análise, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 166 euros, fixando-se em 62.699 euros. E nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 125.170 euros, menos 45 que em fevereiro.