in Jornal de Notícias
A Cáritas respondeu ao desafio da Comissão Episcopal da Pastoral da Saúde e abriu um fundo solidário para apoio a situações de dificuldades geradas pela actual crise. O repto de D. Carlos Azevedo foi dirigido a todos os cristãos – mormente políticos e empresários – para que cedessem 20% do salário para ajudar desempregados.
A conta, aberta na semana passada, já recebeu pelo menos o contributo da própria Cáritas, 30 mil euros recolhidos na operação do Natal 2009 “Dez milhões de estrelas – o gesto pela paz”. A campanha consistiu na venda de velas para colocar nas janelas. Do produto da venda foram retirados 35% para ajudar desfavorecidos. “Cada vez mais aparecem à Igreja casos desesperados”, disse o presidente da Cáritas ao JN.
Segundo Eugénio Fonseca, serão privilegiadas “sobretudo necessidades de alimentação, habitação, saúde e educação”, distribuídos localmente através das paróquias. Paralelamente, a Cáritas pretende promover formação em economia doméstica e orçamento familiar, “para capacitar as pessoas para enfrentarem a crise com maior realismo e ajudá-las a encontrar alternativas, como o recurso ao micro-crédito”.
O fundo destina-se a apoiar qualquer pessoa, não apenas cristãos, sublinha o responsável. Os donativos podem ser feitos por transferência bancária através do NIB 0033 0000 0109 0040 15012, via Multibanco, ou ainda via postal, para a Sede da Cáritas Portuguesa (Praça Pasteur, nº 11, 2º Esq, 1000-238, Lisboa).