Por Ana Rute Silva, in Público on-line
Os trabalhadores portugueses são os que menos conseguem equilibrar a vida familiar e profissional, têm níveis de stress elevado, e 22 por cento são pressionados pelas empresas a trabalhar longas horas.
A conclusão é de um estudo de mercado da GfK, feito com base nas respostas de 30.556 trabalhadores de 29 países, 547 dos quais portugueses.
Segundo o GfK International Employee PR 36 por cento dos inquiridos em Portugal admitem que foram obrigados a aceitar um emprego de que não gostam devido à crise, e 35 por cento alteraram planos como ter um filho ou comprar uma casa. Mais de 40 por cento queixam-se que “raramente” conseguem equilibrar a vida pessoal e profissional. A média de respostas dos restantes países é de 31 por cento.
Cerca de 39 por cento dos portugueses estão dispostos a mudar de país para conseguirem um emprego melhor (a média global é 37 por cento) e 38 por cento dos trabalhadores referem que o seu empregador está a utilizar o argumento da recessão para exigir mais esforço, com os mesmos recursos.
Com a contracção da economia, 14 por cento dos portugueses sofreram cortes nos salários ou nos benefícios. E destes, 10 por cento viram encolher os subsídios de férias e de Natal. A grande maioria dos inquiridos espera manter o emprego nos próximos dois anos.