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Cerca de 40% das crianças portuguesas vive em situação de pobreza. A conclusão é de um estudo do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), divulgado pelo jornal Público. De acordo com o estudo, as crianças até aos 17 anos são o grupo mais vulnerável à pobreza, tendo mesmo já ultrapassado os idosos.
Mas que 23% das crianças vive em casas sobrelotadas e que 5% estão inseridas num agregado que não faz uma refeição de carne ou peixe (ou equivalente vegetariano) pelo menos de dois em dois dias por falta de dinheiro.
Uma em cada quatro crianças (23%) em 2009, estava inserida em famílias com rendimentos abaixo do limiar de pobreza e 27% viviam em situação de privação.
Mais de uma em cada dez (11,2%) acumulava a forma mais gravosa de pobreza: estava em privação e, ao mesmo tempo, os seus agregados dispunham de rendimentos abaixo do limiar de pobreza.
Em 2004, havia quase tantas crianças em situação de pobreza grave como em 2009 (a percentagem era de 11,9%, e o número de crianças atingido por algum tipo de pobreza (monetária, privação ou ambas) era apenas 1,2 pontos percentuais inferior
O facto de haver emprego na família não é, contudo, garantia de bem-estar, diz o mesmo estudo. "Cerca de 35% das crianças incluídas em famílias onde pelo menos um elemento está a trabalhar estão ora em pobreza monetária ora em privação." Os baixos salários e a precariedade são duas das causas.
O estudo em causa é divulgado no Dia da Criança, 1 de Junho.