João Relvas, in RTP
O banco Alimentar Contra a Fome, no âmbito da recolha nacional de recolha de bens alimentares, recriou uma com crianças na Amadora
Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram, este fim-de semana, 2.309 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada em mais de 1.560 superfícies comerciais do país. Os alimentos agora recolhidos, mais 14,9 por cento de que em maio de 2009, vão ser distribuídos a partir da próxima semana a 1.936 Instituições de Solidariedade que os vão entregar a 319 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou refeições confecionadas.Mais de duas mil toneladas de alimentos recolhidas
31.900 voluntários estiveram presentes nas superfícies comerciais nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria – Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo e Viseu. Para o Banco Alimentar Contra a Fome esta foi a “maior ação de voluntariado”.
“Os resultados obtidos voltaram a evidenciar uma extraordinária adesão, apesar das sombrias perspetivas sobre a evolução da economia portuguesa e do rendimento disponível dos portugueses não confirmando assim as expectativas de que as suas tradicionais generosidade e solidariedade poderiam não manter-se ao nível habitual”, lê-se no balanço da campanha no site do Banco Alimentar Contra a Fome.
Para a instituição, o sucesso da campanha de recolha de alimentos realizada este fim-de-semana, “mostra também a confiança que os portugueses depositam em particular no projeto da sociedade civil que constitui o Banco Alimentar Contra a Fome e em geral em quaisquer projetos que se mostrem claros e mobilizadores”.
Generosidade dos portugueses
Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar, afirmou à agência Lusa, que o aumento das doações se deve ao facto dos portugueses terem cada vez conhecimento de “mais pessoas com necessidades que vivem ao seu lado, o que os leva a ser mais solidários, mas também ao facto de temerem vir a precisar desta ajuda no futuro”.
“As pessoas antecipam que podem vir a cair em situações de necessidade e enquanto podem contribuem”, sublinhou.
Campanha prossegue na internet
A recolha de alimentos nos supermercados decorreu este fim-de-semana, mas a possibilidade de colaborar na campanha do Banco Alimentar Contra a Fome prossegue na internet até ao próximo dia 5 de junho, no site www.alimenteestaideia.com, o pagamento será feito pelo sistema multibanco.
“A nova plataforma electrónica de recolha de alimentos carateriza-se por uma grande simplicidade e acesso ao mais baixo preço do mercado a um conjunto de produtos alimentares essenciais para ajuda às famílias”, acrescenta o comunicado.
Também até 5 de junho, é possível nas 3.900 lojas Payshop espalhadas no país contribuir para esta campanha, efetuando uma doação em dinheiro que será convertida em leite e dará lugar à emissão de recibo.
Duas campanhas por ano
O Banco Alimentar Contra a Fome realiza anualmente duas campanhas de recolha de alimentos, em maio e novembro. No entanto, os catorze Bancos Alimentares Contra a Fome, recebem diariamente excedentes alimentares doados pela indústria agro-alimentar, pelos agricultores, pelas cadeias de distribuição e pelos operadores dos mercados abastecedores.
Em 2010, foram distribuídas um total de 26.527 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 37,7 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 90,3 toneladas por dia útil.