6.6.11

Novo apelo à solidariedade

Marlene Cerqueira, in Correio do Minho

Leite, azeite, óleo, açúcar, atum, bolachas, grão, feijão, massas, arroz, cereais e salsichas. São estes os alimentos que o Banco Alimentar Contra a Fome de Braga mais precisa. Até ao final do dia de hoje ainda pode contribuir para esta causa. Basta dirigir-se a um hiper ou supermercado aderente à campanha.

Na zona de actuação do Banco Alimentar de Braga, a campanha está a mobilizar cerca de 2.500 voluntários. São estes homens e mulheres que recolhem as contribuições efectuadas em 73 estabelecimentos comerciais da região.

Os bens alimentares doados são encaminhados para os armazéns do Banco Alimentar.
O produto da campanha, ainda com recurso ao voluntariado, será distribuído localmente, já a partir da próxima semana, através de 71 IPSS previamente seleccionadas, a cerca de 7.000 pessoas com carências alimentares comprovadas.

Para aderir a esta campanha basta aceitar um saco de plástico entregue pelos voluntários do Banco Alimentar Contra a Fome de Braga devidamente identificados (localizados à entrada de cada um dos estabelecimentos comerciais), colocando no seu interior bens alimentares de preferência não perecíveis.

Ontem, ao final da manhã, o ‘Correio do Minho’ esteve no Pingo Doce Braga Parque, onde uma vasta equipa coordenada por Rui Santos e Micaela Ramon, desenvolvia a campanha.
“Ainda é cedo para fazer qualquer leitura, mas até ao momento as pessoas estão a aceitar muito bem os sacos que lhes oferecemos à entrada da loja”, referiu Rui Santos.

Precisamente “mesmo à entrada da loja”, o Pingo Doce Braga Parque apresentava uma ‘ilha’ onde constavam os alimentos de que o Banco Alimentar mais precisa. “Foi um pedido nosso e o Pingo Doce correspondeu desde logo. Assim, as pessoas têm acesso imediato aos produtos mais são necessários”, referiu este voluntário que participa nestas campanhas há cerca de três anos.
No Pingo Doce Braga Parque os voluntários estão distribuídos por turnos de seis pessoas. “É o suficiente e está tudo a correr bem”, garantiu.

No ano passado, o Banco Alimentar Contra a Fome de Braga distribuiu um total de 512 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado de 727 mil euros), ou seja, um movimento diário médio de duas toneladas.

Ajuda em forma de ‘vale’

Em simultâneo com a campanha tradicional de recolha de alimentos que decorre este fim-de-semana, até 6 de Junho desenvolve-se também a campanha ‘Ajuda Vale’, em todas as lojas das cadeias Pingo Doce, Continente, Dia/Mini-preço, Jumbo/Pão de Açúcar e Lidl.

Nesses estabelecimentos são disponibilizados, em suportes próprios, vales de produtos seleccionados (como azeite, óleo, leite, salsichas e atum).
“Cada cupão representa uma unidade do produto (por exemplo, ‘1 litro de azeite’, ‘1 litro de leite’, etc.). Este cupão, para além de mencionar que se trata de uma entrega destinada aos Bancos Alimentares Contra a Fome, refere de forma clara a identificação do tipo de produto, a respectiva unidade e inclui um código de barras próprio, através do qual é efectuado o controlo das dádivas.

Ao efectuar o pagamento, o dador entrega o cupão ‘Ajuda Vale’ na caixa registadora e os produtos ficam claramente identificados no talão de caixa”, explica a instituição no seu sítio oficial na internet.
A logística de transporte para os Bancos Alimentares Contra a Fome fica a cargo de cada uma das cadeias de distribuição.