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“Vivemos no tempo das mudanças”, diz D. Manuel Clemente30-09-2011 14:40 por Paula Costa Dias e Aura MiguelPapa sugere reflexão sobre o silêncio para o dia Mundial das Comunicações.

por Paula Costa Dias e Aura, in RR

Vivemos tempos em que a mudança se assumiu como normal e em que a comunicação é essencial, devendo ter como princípio básico o testemunho. Em síntese, esta é a grande conclusão destas jornadas disse, no final, D. Manuel clemente, Presidente da Comissão Episcopal das Comunicações sociais.

“O testemunho como Cristo dá acerca de Deus e como nós cristãos queremos dar também, porque a comunicação hoje e a mudança que potencia não é algo de episódico, é de ambiente. Nós hoje vivemos em comunicação e a mudança é a habitualidade, portanto a única coisa que passa nesta vertigem do tempo é o testemunho fixo, que desde Jesus Cristo vamos mantendo para nós e transmitindo aos outros e é aquele que deve existir também em nós”, considera D. Manuel Clemente.

Por outro lado é preciso sermos bons profissionais para que Deus se possa servir de nós. E é importante saber cultivar o silêncio, no meio de tanta palavra, como alerta o Papa na sua mensagem para o Dia Mundial das Comunicações sociais: “Desenvolvamos a atenção, mesmo que tenhamos menos tempo para dar, mas tenhamo-la como prioridade para que depois a comunicação possa existir. A ligação entre silêncio e palavra, por esta ordem, primeiro silêncio, depois palavra, capacidade de escutar para depois escutar para depois escutar realmente, é muito oportuno”.

D. Manuel Clemente que, pela ultima vez, presidiu às jornadas Pastorais da Comunicação Social já que atingiu o número limite de mandatos à frente da Comissão Episcopal da cultura, bens culturais da Igreja e comunicações sociais.

Ainda durante a manhã de hoje foi a vez de intervir o presidente Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais

Na sua intervenção sobre a Era digital e comunicação na Igreja Católica, monsenhor Claudio Maria Celli afirmou que a Igreja tem de falar a linguagem do homem moderno, se quer ser entendida.

“A Igreja deve dialogar com esta cultura digital originada pelas novas tecnologias. Necessitamos fazer este diálogo, porque é o diálogo com o homem de hoje, cuja vida está marcada, transformada por estas tecnologias. Tenho de falar uma linguagem que o homem e a mulher de hoje entendem. Uma coisa é falar com uma criança de 10 anos, outra é falar com um homem de 40 ou com um homem de 60, são momentos distintos da vida, e a minha linguagem deve sintonizar-se com a experiência humana, com as exigências, os desejos, os sofrimentos, as alegrias de cada momento da vida. Esta é uma das grandes tarefas da Igreja”, afirmou.