in Diário de Notícias
A câmara de Chaves está a transformar as escolas primárias desactivadas nos últimos anos devido à reorganização do sistema público de ensino em lavandarias sociais, centros de convívio e sedes de associações.
O presidente da autarquia, João Batista, afirmou à Lusa que a ideia não é nova porque desde o ano passado que o município tem vindo a ceder às juntas de freguesia, para fins de ocupação colectiva, os antigos edifícios escolares que foram encerrados, nos últimos anos, pelo ministério da Educação.
Assim, a antiga escola EB1 de Vilela do Tâmega, em Chaves, vai ser um "dois em um" porque vai transformar-se num centro de convívio e numa lavandaria social destinada à população idosa e mais carenciada.
O projecto, segundo o edil, visa ajudar e apoiar a população rural e mais envelhecida e é o resultado de um investimento conjunto entra a junta de freguesia de Vilela do Tâmega e da câmara.
Os equipamentos, como máquinas de lavar e secar e ferro de engomar, serão financiados pela autarquia e as despesas decorrentes da gestão e funcionamento do espaço ficarão a cargo da junta.
A ideia, disse o autarca, é disponibilizar às pessoas idosas, mais necessitadas e com défice de autonomia no seu dia-a-dia um serviço "totalmente" gratuito que permita aumentar a sua qualidade de vida.
" semelhança de Vilela do Tâmega, a junta de freguesia de Redondelo vai revitalizar e adaptar a antiga escola primária de Casas Novas num centro de convívio, aproveitando o espaço e dinamizando-o em prol da população.
Segundo João Batista, o objectivo é promover a convivência entre pessoas mais idosas, facultando-lhes um espaço agradável para estar, conversar e pôr em prática diferentes actividades.
A compra do equipamento para tornar a "velha" escola primária em centro de convívio ficará a cargo da autarquia, mas os encargos financeiros com a manutenção do espaço serão da competência da junta de freguesia.
Em maio de 2009, o município de Chaves celebrou um protocolo de investimento com a junta de freguesia de Samaiões para transformar a escola, desactivada desde 2003, numa lavandaria social direccionada para a população mais carenciada.
A lavandaria deveria começar em Julho deste ano, mas o presidente da junta de Samaiões, Carlos Lopes, frisou hoje à Lusa que ainda não puseram o projecto em marcha porque as verbas para fazer as obras necessárias são "poucas" e "está difícil" encontrar funcionária disponível para trabalhar na lavandaria.
Em Dezembro de 2010, o jardim-de-infância de Santa Cruz deu lugar à delegação da Associação de Paralisia Cerebral de Vila Real evitando que os jovens dos vários concelhos do Alto Tâmega se deslocassem, regularmente, a Vila Real.