in O Mirante
Instituto Politécnico de Santarém recebeu iniciativa onde se apresentaram sugestões e ideias para implementar uma nova loja social na instituição que tem como objectivo apoiar alunos com dificuldades.
O debate foi organizado pelos Serviços de Ação Social da instituição, em parceria com o núcleo distrital da Rede Europeia Anti-Pobreza.
Os Serviços de Acção Social (SAS) do Instituto Politécnico de Santarém (IPS), em parceria com o núcleo distrital da Rede Europeia Anti-Pobreza, debateram a criação de uma nova loja social na instituição. No fórum “Agora Falo Eu”, que se realizou a 29 de Março, participaram cerca de duas dezenas de estudantes, professores e funcionários, que partilharam algumas ideias e sugestões.
Com os temas da inclusão social e do desenvolvimento sustentável em cima da mesa, defendeu-se um espaço que satisfaça as necessidades dos estudantes. Um espaço “inclusivo, envolvente e não estigmatizante” que contenha produtos alimentares, de higiene, roupa, calçado, utensílios de cozinha, material escolar, pequenos electrodomésticos, mas também livros, passatempos e tecnologia. Os SAS também desafiaram os participantes a reflectir sobre a forma como a loja pode contribuir para a integração na comunidade académica e na cidade. Algumas das sugestões dos participantes foram a realização de campanhas periódicas para o abastecimento da loja em função das necessidades dos alunos; a entrega de um kit com bens essenciais na primeira visita à loja; a existência de um número de emergência para entrega de bens, ou a abertura da loja ao sábado para os alunos que não se possam deslocar. Sugeriu-se ainda a colaboração com farmácias para vales de desconto e outras parcerias, e a disponibilização gratuita de produtos de higiene feminina.
Edite Duarte, chefe de divisão dos Serviços de Acção Social, explica a O MIRANTE que a loja pretende auxiliar alunos que não conseguiram ter bolsa de estudo, mas que estão a passar dificuldades financeiras. Para além dos estudantes, também os funcionários da instituição poderão recorrer à loja: “as pessoas podem dirigir-se aos serviços e expor a situação, os técnicos verificam as necessidades e tentam dar resposta”, sublinha.
Administrados por Isabel Barroso, os SAS abrangem toda a comunidade académica, composta por mais de quatro mil estudantes. Não é a primeira vez que a Rede Europeia Anti-Pobreza colabora com o IPS. Ricardina Dias, técnica da rede urbana anti-pobreza, afirma que existem iniciativas na área da empregabilidade, com sessões de coaching para desempregados de longa duração e jovens recém-licenciados que não conseguem arranjar trabalho.