in Jornal de Notícias
O fosso entre ricos e pobres diminuiu em 2009 apesar da população residente em Portugal continuar a caracterizar-se por uma "forte desigualdade" na distribuição de rendimentos.
De acordo com o valor provisório hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o coeficiente de Gini, que mede a desigualdade, melhorou em 2009 para os 35,4 por cento, evidenciando uma "melhoria no distanciamento entre a população com maiores e a população com menores rendimentos".
"Todavia, a população residente em Portugal continua a caracterizar-se por uma forte desigualdade na distribuição dos rendimentos", salienta.
Em 2006, o indicador fixou-se nos 37,7 %, em 2007 nos 36,8 % e em 2008 nos 35,8 %, segundo os valores finais apurados pelo INE.
O coeficiente de Gini, mede a desigualdade na distribuição do rendimento que varia entre zero - quando todos os indivíduos têm igual rendimento - e 100 - quando todo o rendimento se concentra num único indivíduo.
De acordo com o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, produzido pelo INE, a população em risco de pobreza diminuiu ligeiramente em 2008, face ao ano anterior, passando de 18,5 para 17,9 %, mas agravou-se no caso dos desempregados, aumentando de 34,6 para 37 %.
Em 2008, o rendimento dos 20 % da população com maiores rendimentos correspondia a seis vezes o rendimento dos 20 %mais baixos recursos (6,1 por cento em 2007).
Se fossem considerados apenas 10 % da população com maiores rendimentos face aos 10 % com menos rendimentos, o rácio subiria para 10,3 (10,0 no inquérito anterior), acrescenta o INE.