in Lusa
A colocação na agenda política das questões da pobreza e da exclusão social é um dos principais objetivos da final nacional de futebol de rua e do mundial da modalidade, que decorrerá no Rio de janeiro, em setembro.
Para o diretor executivo da Caus, Henrique Pinto, os torneios de futebol, tanto a final nacional, como o mundial são "projetos motivantes de ressocialização" e cuja taxa de sucesso ronda os 75 por cento.
"Este projeto permite trabalhar a auto estima, motivar as pessoas para reconquistarem a casa, a família e o trabalho. É um palco enorme onde todas as possibilidades se abrem. Todos saem com vontade e energia para conquistarem os seus sonhos", disse.
A final de futebol de rua, que terá a participação de 13 equipas mistas distritais, incluindo Açores e Madeira, "não é puro carnaval, não serve apenas para entreter", alertou o responsável, dando o exemplo de alguns ex-jogadores que hoje fazem parte da organização ou são treinadores.
A par do ambiente, a pobreza é, para Henrique Pinto, um grande desafio do século XXI e o futebol funciona como "um palco de oportunidades para os pobres e excluídos".
Aproveitando a presença na conferência de imprensa do antigo futebolista português Abel Xavier, o diretor da Cais recordou que muitos dos verdadeiros craques jogaram futebol de rua.
O próprio Abel Xavier assumiu o orgulho que teve em ser menino de futebol de rua, sublinhando que ações destas servem "para mexer nas consciências das pessoas".
O secretário de Estado da Juventude e desporto, Laurentino Dias, destacou a importância dos dois eventos, final nacional e mundial, dado que "o futebol é um excelente veículo de mobilização de esforços e vontades contra os mais pobres.
Também Paulo Marques, secretário de Estado da Segurança Social, salientou a satisfação e orgulho de ser parceiro da Cais e o carácter simbólicos das iniciativas no Ano Europeu contra a Exclusão Social.
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