in Jornal de Notícias
O presidente da União das Misericórdias acredita que a greve dos trabalhadores agendada para hoje, quarta-feira, não afectará o funcionamento das instituições, nem os utentes, porque “a responsabilidade das pessoas é muito grande”.
Em declarações à Lusa, Manuel Lemos disse perceber “perfeitamente” os motivos da greve, mas lembrou que é às instituições que cabe negociar, o que estão a fazer.
“A greve não é contra as misericórdias, é contra o Estado”, resumiu o dirigente, mostrando-se solidário com os trabalhadores destas instituições, que empregam mais de 150 mil pessoas.
Os funcionários de instituições particulares de solidariedade social (IPSS), misericórdias e vooperativas de educação e reabilitação de cidadãos inadaptados vão manifestar-se à tarde frente ao Ministério do Trabalho.
Em declarações à Lusa o porta-voz da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, Luís Pesca, explicou que o “objectivo principal” da greve é “pressionar o Governo” a proceder ao ajustamento de verbas “o mais rapidamente possível”.
A concentração, disse, visa protestar contra “o estrangulamento financeiro das instituições, os despedimentos, o congelamento das comparticipações do Estado e dos salários”.