in Diário de Notícias
A pobreza foi o tema mais tempo discutido no debate entre os líderes do BE e do CDS, com Francisco Louçã a acusar o adversário de atacar o Rendimento Social de Inserção e Paulo Portas a defender que aquela prestação deve ser apenas transitória.
Enquanto o presidente do CDS-PP afirmava que tinha sido o CDS a conseguir sempre os maiores aumentos das reformas, o coordenador do BE acusava o adversário de andar a criticar uma lei que é da autoria do seu partido: a do Rendimento Social de Inserção.
Portas procurou distinguir a postura responsável do CDS, que aceitou reunir com os representantes do triunvirato e apresentar as suas posições. Louçã considera que apenas o Governo legítimo podia negociar e tudo o resto era só para a fotografia.
Acerca da dívida, Francisco Louçã assumiu que Portugal paga as suas obrigações, mas que tem de renegociar, alegando que essa até já é a posição de Passos Coelho ou de Santana Lopes. Sobre o mesmo tema, Paulo Portas disse que a posição defendida pelo BE teria as mesmas consequências que se verificaram no Brasil e na Argentina, onde os maiores prejuízos foram ao nível dos rendimento das pessoas.
LEIA A SEGUIR O MINUTO A MINUTO DO DEBATE
21.34 - Louçã lembra que Portas quer trazer para a política portuguesa a etiqueta contra a pobreza. E conclui que a diferença com o CDS é de valores: sobretudo o da dignidade dos pobres e dos excluídos.
21.30 - Portas diz que é o factor novo nestas eleições, que são excepcionais. E apela aos mais novos para pedirem aos seus pais e aos seus avós para não votarem em emblemas e em siglas.
21.29 - Portas estranha ter ouvido Passos Coelho dizer que, se fizer maioria com o CDS e não ganhar, não governa. E lembra que a Constituição diz que o PR é que vai designar o primeiro-ministro.
21.28 - Louçã diz que Portas anda há oito anos a fazer campanha contra uma lei do seu próprio partido.
21. 26 - Portas esclarece que trabalhar e pagar os seus impostos não pode ser menos vantajoso do que não trabalhar e não pagar impostos. E que os abusos não são legítimos..
21. 23 - Louçã acusa Portas de ter sido o autor da lei do Rendimento Social de Inserção e, por isso, o responsável pela falta de fiscalização que o líder do CDS criitca.
21.22 - Portas diz que o rendimento mínimo deve ser uma prestação transitória e deve ser fiscalizado pelas IPSS.
21.20 - Louçã acusa o CDS de fazer uma proposta grave, dizendo que a direita nunca tinha chegado tão longe, que é a defesa de vales para os mais pobres: para o arroz, para o azeite, para um medicamento. "Os pobres devem ser respeitados."
21.18 - Louçã diz que, por motivos eleitorais, o BE não "saltita à volta dos dignitários estrangeiros", porque quem negoceia é o Estado. E, no fim, o CDS recebeu o texto do memorando à mesma hora que o Bloco.
21.16 - Portas lembra que é dos que "defendem uma CGD pública".
21.15 - Portas afirma que, quando o País está à beira da insolvência, não fica quieto, explicando assim por que é que tinha ido conversar com os representantes do triunvirato.
21.12 - Louçã diz que Portugal paga as suas dívidas. E acusa Portas de só o líder do CDS e Sócrates defenderem ainda que se deve pagar 30 mil milhões de juros, quando Passos Coelho, Ferraz da Costa e até Santana Lopes já defende a renegociação.
21.10 - Portas diz que pretendeu defender o interesse nacional e que, por isso, decidiu ir falar com as instituições que nos iam emprestar dinheiro. Lembra que no Brasil e na Argentina, quando não quiseram pagar as dívidas, as pessoas perderam 75%.
21.07 - Louçã vira-se para Portas e pede-lhe que não diga que evitou a bancarrota, "porque a bancarrota está à nossa frente".
21.06 - Louçã acusa Portas de não contestar as outras medidas que estão no memorando. E acrescenta que 1500 euros não é riqueza.
21.05 - Portas afirma que, no tempo em que Bagão Félix foi ministro, o aumento das pensões foi três vezes superior.
21.03 - Portas esclarece que as pensões mínimas, sociais e rurais estão excluídas do acordo com o triunvirato.
21.01 - Louçã acusa Portas de incoerência, lembrando que votou contra o PEC IV, porque só previa um aumento de um euro por semana para as pensões mais baixas, mas assinou o memorando com a troika, que prevê o congelamento das pensões.
20.59 - Líder do BE diz que o memorando com a troika afecta a vida das pessoas e cria desemprego.
20.58 - Louçã diz que o se pode aumentar o emprego com a ferrovia de proximidade, a criação de rede de centros de terceira idade, a reabilitação urbana e a eficiência energética.
20.56 - O líder do CDS diz que o investimento público tem o seu papel, mas que quem vai criar emprego são as micro. pequenas e médias empresas.
20.54 - Paulo Portas lembra que a taxa de desemprego no Algarve está nos 18% e na Madeira nos 14%.
20.53 - Portas diz que o primeiro-ministro tinha dito que iria criar 150 mil novos postos de trabalho.
20.52 - Alargar os prazos é chegar à tese de Bagão Félix, que foi ministro quando Paulo Portas estava no Governo, que é chegar aos seis anos de contrato a prazo.
20.51 - Líder do BE critica emprego temporário e defender a precariedade.
20.50 - Louçã diz que nos vamos aproximar do milhão de desempregados.
20.49 - Portas defende que as Universidades devem dar um indice de emprego a quem se quer matricular em cada curso.
20.48 - Líder do CDS defende crédito fiscal a empresas que contratam pessoas em época de crise.
20.47 - Portas considera um erro que não se possam renovar os contratados a termo que terminam este ano.