Dora Loureiro, In "Diário As Beiras"
A Campanha do Laço Azul teve origem na sociedade civil e mereceu a adesão das instituições. Assim, iniciou-se em 1989, na Virgínia (EUA), quando uma avó, Bonnie Finney, amarrou uma fita azul à antena do seu carro “para fazer com que as pessoas se questionassem”. A história que Bonnie Finney contou aos elementos da comunidade que se revelaram “curiosos” foi trágica e sobre os maus tratos à sua neta, os quais já tinham morto o seu neto de forma brutal. E porquê azul? Porque apesar do azul ser uma cor bonita, Bonnie Finney não queria esquecer os corpos batidos e cheios de nódoas negras dos seus dois netos. O azul servir-lhe-ia como um lembrete constante para a sua luta na proteção das crianças contra os maus tratos. Alertar as consciências É este o objetivo da campanha, que entre nós decorre no mês de abril: alertar as consciências das pessoas. De uma forma mais organizada, o Mundo, e Portugal, foram aderindo. Em Portugal, a área da saúde desenvolve um trabalho estruturado nesta área desde 2007, quando de forma experimental foram criados alguns Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco, para se perceber de que forma se poderia criar uma resposta. Depois, em 2008, através de um despacho da ministra da Saúde, foi então criada, em cada concelho, uma resposta. A ARS do Centro tem 87 núcleos criados nos concelhos, nos cuidados primários e hospitalares. Constituem estas equipas 258 profissionais, desde médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e juristas