20.4.16

Braga no pelotão da frente no acolhimento a refugiados

Álvaro Magalhães, in "Diário do Minho"

Refugiados podem contar em Portugal com uma política de integração de norte a sul com instituições coordenadas.

Instituições do distrito têm demonstrado humanismo Braga no pelotão da frente do acolhimento a refugiados Cláudia Soares foi convidada pela UCP/Braga a falar da realidade do acolhimento aos refugiados no país cial no Centro de Acolhimento para Refugiados do CPR , disse que, «para além de Lisboa, Braga é um dos distritos do país que mais tem acolhido refugiados», ainda que não dispusesse do número exato daqueles que permanecem à guarda de várias instituições sociais do distrito.

Em termos estatísticos, Cláudia Soares chamou a atenção para o facto de, em 2015, se ter assistido a um avolumar do número daqueles que recorrem à proteção do Estado Português, para asilo, comparativamente com o ano anterior.

«Em 2015 foram apresentados em Portugal 872 pedidos de proteção internacional, correspondendo a um aumento de 97,2% em relação a 2014, ano que registou 442 pedidos», frisou O distrito de Braga está, até à presente data, no pelotão da frente do acolhimento a refugiados.
Isto mesmo garantiu ontem Cláudia Soares, do Conselho Português para os Refugiados (CPR), numa conferência que proferiu no Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa.

Álvaro Magalhães C onvidada para falar sobre “A situação dos refugiados em Portugal”, a conferencista , que desempenha funções de assistente soClaúdia Soares. A mesma responsável indicou ainda que, em termos de nacionalidades as predominantes são a ucraniana, a chinesa e a maliana.
A este universo de pedidos, acrescentou Cláudia Soares, há a somar mais 39 refugiados reinstalados e mais 24 refugiados recolocados de outros países.

Assim, em 2015, Portugal deu proteção internacional a 935 pessoas.

Em termos práticos, a conferencista explicou aos presentes que o CPR é a instituição nacional a quem compete dar a primeira resposta no acolhimento a todos aqueles que pedem proteção internacional ao nosso país. Aliás, depois do encerramento da delegação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Portugal, desde 1998 que o CPR representa a ONU e assume as funFoi este o aumento do número de pedidos de proteção internacional feitos a Portugal em 2015, relativamente ao ano de 2014.

97% ções de, numa primeira linha, coordenar a ação nacional para proteger e ajudar as pessoas deslocadas apoiando na busca de soluções duradouras para elas.

Portugal surpreende Cláudia Soares confirmou ao Diário do Minho que, não sendo o nosso país um destino «desejado» pela maioria dos refugiados, «por falta de conhecimento», Portugal tem surpreendido positivamente os que aqui vêm parar. «Quando eles chegam a Portugal e veem um país solarengo e solidário, pronto a ajudá-los, eles perdem a vontade de falar tanto na Alemanha ou na França», asseverou a representante do CPR.
«Eles têm gostado muito do que encontram», acrescentou.

Para o êxito deste acolhimento que é muito aquém do que Portugal se disponibilizou fazer, Cláudia Soares aponta «a política de integração de norte a sul do país com um sem-número de instituições que trabalham de forma coordenada».