Joana Nunes Mateus, in Expresso
Conselho das Finanças Públicas alerta que a redução da despesa com prestações de desemprego em 2015 foi mais acentuada que a quebra verificada na taxa de desemprego
Segundo o relatório sobre a Segurança Social em 2015 hoje divulgado pelo Conselho das Finanças Públicas, os gastos em subsídios de desemprego estão a cair mais depressa que o número de desempregados. Isto significa que há mais trabalhadores a perder o apoio antes de encontrar um novo emprego.
Os gastos com prestações de desemprego continuam a ser determinante na despesa da segurança social com prestações sociais e, em 2015, a trajetória de redução desta despesa ao longo do ano terminou com uma quebra de 21,4% face a 2014.
O organismo independente liderado pela economista Teodora Cardoso salienta que, em 2015, a redução da despesa com prestações de desemprego foi mais acentuada que a quebra verificada na própria taxa de desemprego.
O Conselho das Finanças Públicas explica que a evolução desta despesa reflete não só a cessão de prestações por motivo de novo emprego mas também a cessação destas prestações por terem atingido o limite do período de concessão. Este facto justifica uma quebra no número de beneficiários mais acentuada do que a quebra registada na taxa de desemprego, o que reflete também uma menor criação de emprego.