In "Renascença"
Primeiro-ministro mostra-se optimista em relação ao Plano Nacional de Reformas e diz que vai gerar "uma grande surpresa".
O primeiro-ministro afirma que o portugueses não podem aceitar “viver num país de pobreza e baixos salários”, depois das críticas de Bruxelas ao aumento do salário mínimo nacional.
“A batalha pela igualdade é permanente, é uma batalha que travamos desde o 25 de Abril. É uma batalha que travámos e temos de continuar a travar”, começou por dizer António Costa, na festa dos 43 anos do PS, na sede do partido, em Lisboa.
“Quando vemos alguns, cá dentro ou na Europa, a dizerem que em Portugal nós não nos desenvolveremos aumentando o salário mínimo nacional porque estamos condenados a viver num país de baixos salários e de pobreza, nós temos que dizer: Não. Não aceitamos viver num país de pobreza e de baixos salários”, sublinhou.
No relatório final da terceira missão pós-programa de ajustamento, divulgado na segunda-feira, a Comissão Europeia volta a criticar o aumento do salário mínimo de 505 euros para 530 euros em Janeiro, sobretudo "num contexto de baixa inflação e de alto desemprego, o que pressiona a estrutura geral de salários com o risco de afectar as perspectivas de emprego e de competitividade".
O primeiro-ministro mostra-se optimista em relação ao Plano Nacional de Reformas, que será aprovado no conselho de ministros desta quinta-feira.
Segundo António Costa, o plano vai gerar uma "grande surpresa". Terá medidas concretas, quantificação de custos e calendário definido.
"Muitos desvalorizaram porque não tinha medidas concretas. Pois vão ter todos uma grande surpresa, porque o Programa Nacional de Reformas tem não só medidas, como possui um calendário da sua execução, com quantificação de custos e tem as metas de desenvolvimento que pretendemos alcançar", frisou o chefe do Governo.