in Jornal de Notícias
Num discurso contra o "negativismo", onde apelou à "confiança e coragem" dos portugueses, o primeiro-ministro garantiu que "o Governo estará ao lado das empresas", na apresentação das 12 medidas de apoio à execução do QREN.
"Nunca o país precisou tanto do espírito empresarial como agora. Nunca a economia portuguesa precisou tanto dos empresários portugueses como agora. O Governo está convosco", disse o primeiro ministro no seu discurso da assinatura de contratos no âmbito do "QREN - Estratégia para a Aceleração da Execução de Projectos Empresariais".
José Sócrates deixou, mais do que uma vez, palavras de "coragem, confiança, empenhamento, ânimo e pensamento positivo", considerando que "de negativismo está este país cheio", bastando para isso olhar para os jornais todos os dias.
"Não vejo nenhuma razão para não confiar no nosso país", enfatizou o primeiro-ministro, que apelidou de "visão infantil e politiqueira achar que só Portugal é que enfrenta dificuldades", já que isso acontece em toda a Europa.
Como objectivos fundamentais em termos económicos, o governante estabeleceu "a recuperação e consolidação da economia portuguesa" depois de um ano em que passou a maior das crises depois da grande depressão.
"Neste primeiro semestre ninguém esperava um crescimento tão positivo da economia portuguesa", realçou, recordando que "a economia portuguesa foi das que melhor resistiu à crise" internacional.
Garantindo que "o Governo estará ao lado das empresas", Sócrates considerou "da maior importância para o crescimento económico" as 12 medidas de apoio à execução do QREN hoje apresentadas.
O primeiro-ministro realçou, entre as medidas apresentadas, as de simplificação, apelidando de "Simplex no QREN", como o caso da redução dos custos administrativos, ressalvando no entanto que isto só pôde ser feito "naquilo que as normas europeias permitem".
A criação da linha de crédito para os empresários fazerem a sua parte do investimento em projectos do QREN já aprovados foi outra das medidas que mereceu o destaque de Sócrates, que salientou ainda o reforço do capital de risco como resposta "a um problema central que é a descapitalização das empresas" em Portugal.
"Estes são instrumentos da maior importância e que podem fazer a diferença. Isto ajuda, isto melhora", sublinhou o primeiro-ministro.