in Público on-line
O FMI pretende que a redução do défice público português seja feita num prazo superior ao defendido pelas instituições europeias, o que gerou um desacordo que ainda não põe adopção de um acordo a tempo da aprovação do pacote pelo Ecofin de dia 16, que deverá ser anunciado na quarta-feira.
A data pretendida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para que o défice anual do Estado fique abaixo de três por cento é 2015, o que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) consideram excessivo, defendendo 2013 ou, no máximo, 2014, segundo a edição de hoje do Jornal de Negócios.
O mesmo jornal cita fontes não identificadas segundo as quais a intransigência do BCE e da Comissão estará a deixar “furiosos” vários membros do FMI, que consideram que os programas grego e irlandês se revelaram demasiado violentos, tendo sido adoptados contra o conselho da instituição com sede em Washington.
No entanto, aparentemente os responsáveis europeus temem que atribuir condições a Portugal mais favoráveis do que as da Grécia e da Irlanda possa ser mal visto na opinião pública europeia e pelo responsáveis dos países mais cépticos quanto ao empréstimo a Portugal.
Após se ter já percebido que há uma demora fora do comum na apresentação de um memorando de entendimento, os prazos para a aprovação da ajuda a Portugal no dia 16 no Ecofin não está para já comprometido.
Se tudo se resolver, o memorando de entendimento entre a troika e as autoridades portuguesas, que vinculará muitos aspectos da política económica portuguesas nos próximos anos, será anunciado na quarta-feira, avança o Diário Económico na sua edição de hoje.
Está previsto que seja o Governo a fazer o anúncio, numa conferência de imprensa com a participação do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, seguida de uma comunicação posterior da troika, diz ainda o jornal, citando uma fonte comunitária não identificada.