3.5.11

UGT diz que há condições para haver aumentos de pensões

in Público on-line

O secretário-geral da UGT afirmou hoje que “há condições para haver aumento de pensões”, sobretudo as de valor mais baixo, e salientou que as negociações com a troika devem cumprir o acordo para a competitividade e emprego.

João Proença falou aos jornalistas após um encontro com o Presidente da República, Cavaco Silva, no qual a UGT exprimiu as suas preocupações relativamente às negociações com a troika, elegendo como “questões centrais” o agravamento das desigualdades e a situação dos mais desfavorecidos.

“As pensões, nomeadamente as do regime geral, mais baixas, só não aumentarão se nos for imposto, porque não tem nada a ver com a sustentabilidade da Segurança Social. Há condições para haver aumento de pensões”, declarou o sindicalista.

O líder da UGT mostrou-se “claramente contra a redução de pensões” e a revisão da lei dos despedimentos, hipóteses que foram hoje apontadas na comunicação social como medidas que estão a ser negociadas pela troika, composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, responsável pelo programa de ajuda externa.

João Proença focou também os “problemas do crescimento e do emprego”, considerando que “os sacrifícios têm de ser conduzidos a condições para que o país no futuro, possa ficar melhor” e que isso só acontecerá através do crescimento económico.

O responsável da UGT vincou ainda “a importância do diálogo e da concertação social” na recta final da negociação com a troika para que “se tenha presente o cumprimento do acordo tripartido para a competitividade e o emprego”.

Questionado sobre a mobilização dos trabalhadores no feriado do 1.º de Maio, João Proença admitiu que “houve problemas” devido à comemoração do Dia da Mãe, mas adiantou que o principal problema é o que está ligado à insegurança do emprego, pobreza e exclusão.